A
novela "Carrossel" estreia na próxima segunda-feira com elenco principal de
crianças. Maioria dos personagens adultos é secundária e SRZD quis saber
do ator Ithamar Lembo, que faz papel de Germano Ayala (pai do aluno Mario) sobre
trabalho com elenco e seu personagem.
SRZD - Como é trabalhar em elenco com tantas crianças?
SRZD - Há quanto tempo você é ator e como passa sua experiência para as
crianças?
Ithamar
Lembo - Na verdade, a primeira vez que eu gravei com muitas crianças foi essa
semana que passou, uma festa na escola, mas posso dizer que essa primeira
experiência foi bem "intensa". (risos). Deu para comprovar que quando os
diretores falam que é uma "coisa de louco", é mesmo! Mas também é gratificante,
porque todos são talentosos, esforçados, adoram o que fazem e você percebe que
eles estão dando tudo que podem para fazer seu trabalho. Na verdade, elas
trabalham mais que o elenco adulto, porque a novela é delas e para elas, né? É
uma experiência nova para mim um trabalho infantil. Está sendo bem legal,
principalmente gravar com meu filho (Mario Ayala, personagem de Gustavo
Daneluz), que é uma criança, mas no talento, na simpatia, no coleguismo é gente
grande. O moleque é fera e, além da novela, já apresentou programas, está no
elenco do musical "Família Adams" e eu acho até que é parecido um pouco comigo.
E a minha filha (Diana Ayala), que ainda é um bebê, mas é muito
linda.
SRZD
- Nos conte um pouco de seu personagem.
Ithamar
Lembo - Eu faço Germano Ayala, pai do Mário. Germano é um cara simples, de
poucos recursos, batalhador que ficou viúvo muito cedo e sofre muito com essa
perda e, principalmente, com o sofrimento do filho sentindo a falta da mãe.
Casa-se de novo e arruma mais uma coisa para causar sofrimento, já que seu filho
e sua mulher não se dão de jeito nenhum. Ele quer o melhor para o filho, mas tem
dificuldade de lidar com a situação, não consegue controlar a mulher, nem as
atitudes do filho, principalmente porque trabalha demais para conseguir
sustentar a família, que já é uma preocupação difícil de lidar. Mas a Escola
Mundial e a professora Helena, aos poucos, vão colaborar para que essa família
tenha uma convivência mais harmoniosa. Ah, e o Rabito, o cachorro da família,
também vai fazer parte dessa mudança.
SRZD
- Como foi a construção de seu personagem? Viu cenas da novela mexicana para
alguma característica do Germano Ayala ou preferiu não assistir?
Ithamar
Lembo - A construção foi tranquila, meio natural de acordo com o perfil do
personagem e à medida que ia recebendo os capítulos. Como novela é uma coisa
mais naturalista e meu personagem não tem uma característica marcante,
diferente, você começa a gravar meio com a sensibilidade, vai se afinando com os
parceiros, principalmente com minha mulher, feita pela atriz Nábia Vilela, e com
o Gustavo Daneluz, que faz meu filho. Os diretores também vão orientando e o
personagem vai surgindo naturalmente. Eu não assisti a nada da novela mexicana.
Eu sei do sucesso que a novela fez, mas não assisti e não quero conhecer a
história antes. Prefiro ir vivendo a trama sem conhecê-la. E quando você vê
alguém fazendo, existe o risco de ser contaminado por aquilo, mesmo que
inconsciente, e eu não acho legal, porque o estilo mexicano de interpretar é
muito diferente do nosso. Achei melhor confiar no meu feeling e fazer do meu
jeito.
Ithamar
Lembo - Meu primeiro trabalho profissional, eu era mais novo que essas crianças
da novela, lá se vão bem mais de 30 anos. Eu não tenho uma preocupação de passar
alguma experiência para as crianças. Primeiro porque elas são muito bem
orientadas pelos diretores, que são excelentes, principalmente o Roberto Menezes
que é o "herói" que mais encara as feras. Segundo porque eu gravo muito pouco
com elas, então não existe muito essa possibilidade. E terceiro porque elas
gravam muito com Ilana Kaplan, Noemi Marinho, Henrique Stroeter, Fernando
Beniniou, então eles estão muito bem assessorados pela direção e por artistas
mais talentosos e experientes que eu. O que eu sempre procuro fazer é ajudar o
Gustavo (Daneluz), que faz meu filho Mário. Aí sim, sempre que possível eu dou
um toque, dou uma sugestão aqui outra ali, quando a gente está batendo um
texto.
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